Como a Psicoeducação pode nos ajudar?
- Gustavo Gabaldi
- 24 de set. de 2024
- 2 min de leitura

Psicoeducação:
“o ensino de princípios e conhecimentos psicológicos relevantes para o cliente”
(Dobson & Dobson , 2010 em Carvalho; Novaes & Rangé, 2019)
Partindo do princípio de que a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) busca "transformar" o paciente em seu próprio terapeuta, umas das ferramentas mais poderosas para tal é a psicoeducação.
Como o nome já sugere, é uma educação da própria mente; uma maior autoconsciência sobre suas próprias particularidades, crenças, pensamentos automáticos, tendências, padrões e por aí vai.
Ou seja, a partir do momento em que o indivíduo sabe sobre suas próprias características mentais, ele passa a ter maior autonomia e poder em saber como manejar a si próprio. A seguir, explicarei melhor e darei alguns exemplos.
A psicoeducação visa o empoderamento do paciente através de um processo educativo sobre determinada questão. Por exemplo, se determinada pessoa tem problemas com alcoolismo, e ela sabe que passar perto do bar faria com que ela ficasse com vontade de beber, uma psicoeducação possível se daria em justamente ela saber que deve evitar caminhos com bares para que não desperte tal desejo.
Ou então, um adolescente tem Transtorno de Hiperatividade e Déficit de Atenção (TDAH), e acaba por ir mal nos estudos; a sua família, não tendo o conhecimento necessário de sua psicopatologia, acaba por não dar o devido apoio e suporte ao rapaz, culpando-o e aumentando a pressão para que ele estude mais, piorando seu quadro. Seria, então, necessária uma psicoeducação com a família sobre o que é TDAH, suas características, como afeta o adolescente, de que maneira poderiam ajudá-lo a se concentrar melhor, quais suas necessidades específicas, quais as melhores formas de tratamento, entre outras questões.

Logo, em termos da TCC, a psicoeducação busca trazer à tona os pensamentos automáticos, a relação entre emoções e comportamentos, a identificação de crenças limitantes, o monitoramento do humor, os padrões de repetição característicos de determinada pessoa e suas necessidades específicas.
Para a aplicação da Psicoeducação na sua própria vida, existem diversos caminhos, tais como: a procura por maiores informações sobre determinada questão, o registro de pensamentos e emoções num caderno, meditação (a qual falarei em outro post), cursos, folhetos informativos, rodas de conversa com pessoas que passam o mesmo que você, entre muitos outros! A chave aqui é o autoconhecimento.
A psicoterapia nos ajuda, também, no desenvolvimento da psicoeducação das nossas próprias questões. Não hesite em me chamar para ajudar você nisso!
Referência
Psicoeducação em terapia cognitivo-comportamental/ organizado por Marcele Regine de Carvalho, Lucia Emmanoel Novaes Malagris e Bernard P. Rangé. - Novo Hamburgo: Sinopsys, 2019. 350p.; 16x23cm



