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Afinal, o que é a TCC?

  • Gustavo Gabaldi
  • 18 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 24 de set. de 2024


Sessão de terapia



A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens mais difundidas da Psicologia, mas em que ela se baseia? Como se tornou o que é hoje? Como ela pode ajudar no sofrimento mental?



Segundo o próprio pai da TCC, Aaron Beck:


“No início, era 'uma psicoterapia breve, estruturada, orientada ao presente, para depressão, direcionada a resolver problemas atuais e a modificar os pensamentos e os comportamentos disfuncionais'” (Beck, 1997 p 17).


Com o passar do tempo, houve modificações feitas pelo próprio Beck e por alguns de seus colaboradores, que ajustaram a abordagem para outros transtornos psiquiátricos e diferentes grupos populacionais. Essas mudanças afetaram o foco e a duração da terapia, mas sem alterar os fundamentos teóricos (Cordioli, 2008).


É uma terapia que busca compreender como uma pessoa percebe um evento, como essa percepção influencia suas emoções, que por sua vez influenciam os comportamentos. Logo, a sensação, a emoção e o sentimento são determinados pela maneira como o indivíduo interpreta a situação. O objetivo do terapeuta é conseguir uma mudança cognitiva para que ocorra uma mudança emocional e comportamental que dure. Isso é chamado de Reestruturação Cognitiva.


Segundo Beck (1997), a terapia cognitivo-comportamental é baseada em alguns princípios importantes, e trago aqui alguns deles:


  • Necessidade de uma aliança terapêutica segura, isto é, o vínculo entre paciente e psicoterapeuta (muito importante em qualquer abordagem psicoterapêutica);

  • Necessidade de uma colaboração e participação ativa, ou seja, o compromisso e responsabilidade que o paciente tem no seu próprio tratamento;

  • É orientada por objetivos e focalizada em problemas;

  • É educativa, visando a ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta, levando o paciente a identificar e avaliar seus pensamentos e crenças. (Cordioli, 2008).

Sessão de psicoterapia

Na TCC, bastante foco é dado aos pensamentos automáticos e às crenças das pessoas. Isto é, um acontecimento gera pensamentos automáticos nas pessoas de forma muito rápida, quase imperceptível. Estes pensamentos são formulados com base nas crenças que as pessoas foram formando ao longo da vida; estas podem ser funcionais ou disfuncionais. Dependendo de como a pessoa "vê a vida", a situação ocorrida, junto de seus pensamentos com base em suas crenças, levará à uma emoção, um comportamento e, também, à respostas fisiológicas do corpo.


Por isso que uma das ferramentas mais usadas pela TCC, e que qualquer pode (e deve) utilizar sozinho é a chamada Psicoeducação. Uma vez que na TCC um dos objetivos é capacitar o paciente a ser seu próprio terapeuta, a psicoeducação nada mais é do que ser o mais informado possível sobre seu funcionamento cognitivo, emocional e comporamental. Ou seja, autoconhecimento; saber de seu próprio funcionamento e peculiaridades; desenvolver um repertório de estratégias para solução dos problemas, não sucumbindo a eles; e a participação ativa no próprio processo de mudança!


Caso tenha se identificado com os temas do texto, e se você está interessado em psicoterapia, mande-me uma mensagem para marcarmos sua sessão!






Referência:

Cordioli, A V Grevet, E H Psicoterapias abordagens atuais 3 ed Porto Alegre Artmed, 2008

Psicólogo Gustavo Gabaldi
CRP 06/202125

(11) 95317-5362

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