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O que as Artes Marciais me ensinaram sobre Autodomínio.

  • Gustavo Gabaldi
  • 13 de nov.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 26 de nov.


um homem celebrando no topo de uma escadaria e uma paisagem a sua frente de uma cidade

Em qualquer esporte, seja futebol, tênis de mesa, ciclismo, musculação, artes marciais, qualquer que seja, há um elemento muito importante que deve ser levado em consideração para se conseguir ir além.


Muitos praticantes destes esportes se esquecem ou não sabem desse elemento central: o autodomínio. Passam o tempo todo treinando para ser melhor que o adversário, ou se comparando com outro atleta, quando na verdade o primeiro adversário está dentro de si mesmo.


Sempre fui um admirador das Artes Marciais e, quando tive a oportunidade de colocá-la na minha vida, pude perceber isso na prática. Ao começar a aprender Kickboxing, que é o meu caso, minha pressão chegava a cair no final da aula de tão intenso que era. Tinha que sentar uns minutos e tomar uma água para conseguir ir embora.


É tudo muito intenso e muito rápido: você tem que se lembrar dos movimentos e combinações dos golpes, manter o fôlego para chegar ao final, defender-se, esquivar-se, contra atacar, pular, andar, tudo isso com alguém que também treina indo pra cima de você (obviamente depois de certo nível, e com todas as proteções necessárias). Desenvolver o cardiorrespiratório (sistema que fornece oxigenação ao corpo) é vital. Sem ele, em 10 segundos você estará arfando e cansado demais para prosseguir.


O que tudo isso me dizia, e que percebi logo no começo? Que era uma luta, na verdade, não entre mim e um oponente, mas sim entre mim e eu mesmo. Eu não tinha que treinar para ser mais virtuoso que o outro, e sim para superar minhas próprias limitações. Treinar para conseguir ter tudo aquilo que eu escrevi no parágrafo de cima consciente e vivo comigo durante os 3 minutos do Round, o que não é tarefa das mais simples, eu garanto.


Isso se aplica a tudo na vida. Durante a porradaria do dia a dia você tem que conseguir manter vivo tudo o que aprendeu, e que vai te beneficiar e fazer você continuar seguindo em frente. Aqui, permita-me um clichê do Rocky Balboa: "Não é sobre o quão forte você consegue bater, mas sim o quão forte você consegue ser atingido e continuar seguindo em frente". Isso é muito real!


As Artes Marciais vão muito além do Kickboxing. Há mais exemplos ainda mais profundos sobre o que as Artes Marciais podem nos ensinar sobre nosso mundo interior. Você talvez já tenha assistido algum filme de Karatê, Judô ou Kung-Fu e percebido que o treinamento interno do lutador é, talvez, até mais importante do que as técnicas de golpes que ele treina em si. Um bom exemplo é o livro "Energia Mental e Física", de Jigoro Kano, fundador do Judô, que aborda o Judô como uma filosofia de vida que se pode por em prática em todas as áreas do nosso dia a dia. Fica a dica de leitura ;)


"You, me, or nobody is gonna hit as hard as life. But it ain't about how hard you hit. It's about how hard you can get hit and keep moving forward, how much you can take and keep moving forward. That's how winning is done!" - Rocky Balboa, 2006.


Tradução:

(Você, eu, ninguém vai bater tão forte quanto a vida. Mas não se trata de o quão forte você bate. Se trata de o quanto você consegue apanhar e continuar seguindo em frente, o quanto você consegue aguentar e continuar seguindo em frente. É assim que se vence!)

Psicólogo Gustavo Gabaldi
CRP 06/202125

(11) 95317-5362

@gus.gabaldipsi

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